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Expansão de redes de franquias em espiral: conheça como funciona e quando vale a pena

Atualizado: 19 de jun. de 2019



Joint ventures, desenvolvedores de área ou máster franqueados? Qual será a melhor estratégia para expandir uma rede de franquias? Veja as orientações da especialista em direito empresarial e franquias Patricia Baubeta.


Para definir a melhor estratégia de expansão de uma rede de franquias é importante analisar os prós e contras de todas as alternativas praticadas pelo mercado. Entre as opções mais praticadas está a expansão em espiral, que parte de uma determinada localidade, planeja o crescimento em volta desse ponto inicial e, depois, ao redor dessas novas unidades, exatamente como se fosse uma espiral. Outra prática bem comum é expandir por meio de máster franqueados e desenvolvedores de áreas.

Nessa etapa de crescimento de uma marca no franchising, quanto mais conhecimento a franqueadora tiver sobre o assunto, melhor. E, com esse objetivo, o Portal Sua Franquia entrevistou a advogada e especialista em direto empresarial e franquias Patricia Baubeta. Veja a seguir. 


SuaFranquia - Quais os modelos de expansão em redes de franquias? 


A expansão pode dar-se, entre outras formas, por:


- Joint ventures com a criação de nova empresa tendo por sócios a empresa franqueadora original ou sua controladora (titular do patrimônio intelectual) e outra pessoa ou empresa para desenvolver, juntas, a rede de franquias em determinada região ou com outro formato, societário ou contratual.


- Desenvolvedores de rede ou de área, que são franqueados que adquirem uma franquia com um plano de expansão pré-determinado e metas como, por exemplo, implantar e colocar em operação 10 unidades franqueadas em certo prazo.


- Master franqueados, nesse caso a franqueadora estabelece em contrato no qual o franqueado terá direito a outorgar, por si próprio, franquias, nesse caso o máster franqueado terá muitas obrigações para com seus sub-franqueados, sua atuação será similar à da Franqueadora original, agindo como se fosse a própria franqueadora.

Além disso, uma franqueadora pode ter em seu planejamento, por exemplo, expandir sua rede em determinada região por meio desenvolvedores de redes e, no plano de expansão do desenvolvedor estipular que nos locais onde não seja viável implantar uma unidade tradicional (segundo estudo específico), o franqueado expandirá por meio de outro formato, como quiosques, “Food Trucks”, “corners”, “shop in shop” ou “store in store”.


Esclareça-se que esses formatos, também, podem fazer parte do plano de expansão da franqueadora para concessão de franquias individuais, inclusive, para cumprir um planejamento de expansão em espiral, tanto, que são bastante comuns, inclusive, nas grandes metrópoles, em Shopping Centers de grande movimento e outros locais.


Sua Franquia - O que seria expansão em espiral?


Expansão em espiral é o modelo que parte de um determinado ponto e vai crescendo em volta desse ponto inicial e ao redor dessas novas unidades, exatamente como uma espiral.

Esse ponto inicial não necessariamente é a sede da franqueadora, pode ser uma loja ou a principal área de atendimento de um fornecedor importante, entre outras tantas hipóteses. Com esse modelo a ideia é que a franqueadora cresça organizadamente, para atender os franqueados como disposto em contrato sem afetar a lucratividade.

Muitos recomendam essa forma de expansão como a mais apropriada e segura, mas, depende do negócio, por exemplo, há negócios cuja lucratividade depende do valor do frete.


Por fim, não se pode esquecer que é muito difícil não cair na tentação e esquecer o planejamento de expansão, seja ou não em espiral, quando aparece um ótimo candidato apaixonado pela marca e produtos que pretende instalar-se em local distante, até em outro continente. Isso é recorrente e exige cuidados jurídicos, não apenas a assinatura dos contratos padronizados elaborados com base no plano de expansão inicial. Portanto, se isso acontecer, consulte um advogado especialista em redes de distribuição, lembrando que franquia é uma rede de distribuição de produtos e serviços.


Por fim, não é demais lembrar que, assim como os mercados, o consumo, os negócios e as circunstâncias mudam, o plano de expansão pode exigir revisão periódica ou em razão de determinados eventos, ao que as franqueadoras devem sempre estar atentas. 


Sua Franquia - Cada segmento de franquias deve seguir um modelo de expansão? Alguma influência das necessidades de logística?


O modelo de expansão deveria resultar de um estudo específico, que não é jurídico, mas tem implicações jurídicas. Um modelo pode servir para diversos segmentos, mas pode não servir para duas empresas do mesmo segmento por circunstâncias particulares de cada franquia, portanto, não é recomendável copiar o modelo de redes do mesmo segmento.

Logística sem dúvida influencia, seja pelo fornecimento ou pelo suporte que a franqueadora poderá oferecer, pois, mesmo com a facilidade e até gratuidade que os meios de comunicação atual oferecem, muitos negócios dependem do suporte próximo e presencial da franqueadora, o que à distância pode ficar comprometido, sem esquecer das despesas que o franqueado terá com treinamento, seu e de empregados, etc.


São muitas as variáveis de um negócio franqueado para outro, até no mesmo segmento, por isso, não há um único modelo sequer para um mesmo ramo, além disso, cada empresa tem um nível de tomada de risco que, certamente, influencia no modelo de expansão escolhido.




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